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Campanha Outubro Rosa reforça prevenção do câncer de colo do útero e destaca importância da vacina contra o HPV
Com ações voltadas à conscientização, especialistas alertam para a detecção precoce por meio do exame Papanicolau e para os riscos da infecção por HPV, principal causador da doença.
Por Karlla Gomes23 OUT - 12H02
A campanha Outubro Rosa, voltada à conscientização sobre a saúde da mulher, reforça a importância da prevenção do câncer de mama e do câncer de colo do útero, este último também conhecido como câncer cervical. A doença, que se desenvolve na parte inferior do útero conectada à vagina, é causada principalmente pela infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV). A infecção pelo HPV pode gerar alterações nas células da região, que evoluem para lesões precursoras do câncer.
De acordo com Izadora Nunes, assessora técnica do Programa Estadual de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o câncer cervical é resultado do crescimento anormal e descontrolado de células no colo do útero. Em estágios iniciais, a doença pode ser assintomática, mas, conforme avança, sintomas como sangramento vaginal fora do período menstrual, dor pélvica e alterações no corrimento vaginal podem surgir. Nunes também ressalta que verrugas genitais são sinais de infecção pelo HPV, um dos principais fatores de risco para o câncer cervical.
A detecção precoce do câncer de colo do útero é feita por meio do exame Papanicolau, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse exame coleta amostras de células do colo do útero para identificar possíveis alterações que possam indicar a presença de câncer. Em caso de resultados alterados, outros exames, como a colposcopia e a biópsia, são realizados para confirmar o diagnóstico. O tratamento varia conforme o estágio da doença, incluindo opções como radioterapia, quimioterapia ou intervenção cirúrgica.
Além da realização regular do Papanicolau, a vacinação contra o HPV é uma medida essencial de prevenção. A vacina, disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos em unidades de saúde, protege contra os tipos de HPV mais associados ao câncer cervical. Para Izadora Nunes, a educação em saúde desempenha um papel crucial na conscientização sobre a importância da prevenção, tanto pela adesão aos exames quanto pela vacinação, fatores que contribuem diretamente para a redução da mortalidade causada pelo câncer de colo do útero.