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Alagoas registra aumento alarmante nos pedidos de medidas protetivas em 2024.
Se comparado com o mesmo período do ano passado, o aumento é de 55,89%.
Por Karlla Gomes28 FEV - 11H58
Alagoas testemunha um aumento significativo de 55,89% nos pedidos de medidas protetivas por mulheres vítimas de violência doméstica em 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. Nos primeiros 53 dias deste ano, foram registradas 767 solicitações, em comparação com 492 pedidos nos primeiros dois meses de 2023, representando um aumento de 275 registros.
Esses números de 2024 já equivalem a 19,86% do total de pedidos registrados em 2023, quando 3.862 mulheres sentiram a necessidade de buscar medidas protetivas em Alagoas.
As medidas protetivas desempenham um papel crucial na proteção das mulheres em casos de violência doméstica e podem ser solicitadas mesmo na ausência de agressões físicas. Em meio a um contexto nacional preocupante, onde o Brasil registrou um recorde de feminicídios em 2022, com uma mulher morta a cada seis horas, é essencial ressaltar a importância dessas medidas desde a entrada em vigor da Lei do Feminicídio, quase uma década atrás, em 2015.
As vítimas têm o direito de solicitar medidas protetivas nas delegacias especializadas da capital ou nos municípios, e também podem fazê-lo de forma virtual, através do site www.delegaciavirtual.sinesp.gov.br.
Para aqueles que sofrem ou testemunham violência doméstica, é fundamental buscar ajuda. O número 180 está disponível para denúncias à Central de Atendimento à Mulher, que opera 24 horas por dia, em todo o país e no exterior, oferecendo orientação de especialistas e encaminhamento para serviços de proteção e apoio psicológico. Além disso, o contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 9610-0180.